Atalia: Os fins justificam os meios


Até que ponto uma mulher deve ir para conseguir o que deseja? A ganância e o desejo de riquezas são armadilhas que trazem ruína e destruição, sendo um dos maiores fatores de fracasso na vida pessoal e profissional de alguém. 

O dito “tal mãe, tal filha” aplicou-se com plena força a Atalia, filha de Jezabel – uma mulher extremamente impiedosa. Atalia foi criada num lar onde a mãe exercia domínio sobre o pai, sendo uma mulher de desígnios mais firmes do que o próprio marido. Além disso, era manipuladora e sem escrúpulos. 

Atalia decidiu seguir os passos da mãe. Se Jezabel não hesitava em derramar sangue inocente para promover os seus objetivos, Atalia muito menos. Ambas estavam mergulhadas no próprio ego. Atalia, influenciada pelo próprio inimigo de Deus, tentou exterminar a descendência do rei Davi, e assim, consequentemente, eliminar a linhagem de Jesus.


Essa "princesa má" era filha do rei Acabe e da rainha Jezabel, nascida num ambiente que negava completamente o único e verdadeiro Deus. Ela casou com Jeorão, um rei até então justo e reto. Ele havia se aliado a Israel por motivos políticos, e, desse modo, Atalia promoveu o culto ao deus Baal, desviando tanto os israelitas quanto seu marido das ordenanças do Senhor. Até mesmo depois de ficar viúva, ela continuou a exercer sua influência perversa no reinado do filho. 

Futuramente, todos os seus filhos morreram nas mãos dos filisteus e dos árabes, e assim, Atalia não exitou em matar seus próprios netos (herdeiros legítimos do trono) para obter o trono somente para si. Ela reinou 6 anos como ocupante ilegítima do assento real. Ela seguiu dando continuidade às tradições idolatras nas quais havia sido educada, mas depois de tudo, acabou morrendo com desonra, como a sua mãe e outros membros da família de seu pai.

Talvez você esteja se questionando o que essa história tem a ver conosco. Mas vejamos alguma lições para tirarmos dela:

É trágica a vida de uma mulher que ajunta tesouros para si, mas não é rica diante de Deus. A riqueza de Deus são os valores espirituais, são os valores da alma e do coração. A riqueza diante de Deus é quem acumula virtudes, generosidade e bondade. A riqueza diante de Deus é quem vive a caridade, quem pratica o amor, quem é capaz de doar-se para o outro. A riqueza diante de Deus é aquele que tem e sabe repartir o que não tem; é aquele que tem pouco e não pensa só em si, mas sabe pensar também no outro.

Essa história serve para nos ensinar que:

- A influência do mal pode trabalhar no coração de uma mulher que decide trilhar seu próprio rumo e rejeita a Deus;

- A ambição egoísta leva à ruína;

- Não podemos mudar nossa genética nem o passado, mas podemos decidir como será daqui para a frente. Não precisamos agir como nossos pais, principalmente quando eles não são bons exemplos;

- Não podemos querer controlar a vida dos outros em prol dos nossos interesses pessoais;

“Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um ser humano não consiste na abundância de bens”. A advertência de Jesus vale para todos nós, seja para quem tem muitos ou poucos bens, ou para quem tem alguns bens e deseja ter mais. O fato é que a nossa vida não pode ser dirigida pela vontade desenfreada de possuir o que queremos. A cobiça, ou ter um desejo excessivo ou ganancioso por mais, é idolatria.

Por isso, acumulemos virtudes, valores e, sobretudo, uma espiritualidade rica e profunda que nos coloque perto de Deus e nos liberte de qualquer tipo de ganância. Aproveite para adotar uma postura diferente em relação à sua vida. Ao invés de focar naquilo que não tem, procure ser grato pelo que tem, e verá que passará a ter uma visão muito mais positiva sobre as coisas e sobre si. Faça da gratidão um hábito e incentive todos aqueles que estão ao seu redor a agirem da mesma maneira. Valorizar o que tem não é o mesmo que se acomodar e não desejar progredir, mas sim entender que tudo tem sua importância, mesmo as pequenas coisas.

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