Asenate: Não são os opostos que se atraem, são as diferenças que se completam


Asenate é citada somente com a mulher do governador do Egito e que teve dois filhos, chamados Manassés e Efraim. No entanto, devido à sua origem, alguns estudos indicam que ela talvez fosse uma sacerdotisa idólatra, porém, provavelmente deve ter aflorado a sua fé em Deus, já que permitiu que seu marido nomeasse seus filhos segundo as experiências dele com o Senhor. 

Ela foi uma mulher persistente e perseverante, ajudando seu marido no cargo importante que ele havia assumido. Em nenhum momento a bíblia nos relata discordância entre eles, o que nos dá o entender que com certeza o amor e respeito dela por ele prevaleceu a todos os conflitos pelo qual passaram. Pode-se dizer que Azenate foi uma mulher sábia que edificou sua casa, e não destruiu aquilo que era precioso.

O seu amor a ensinou ser persistente na fé, mesmo diante das diferenças de cultura e religião. 


A jovem Azenate nunca desistiu do seu amado. Ela souber estar com ele no sofrimento (quando ele era um escravo) e também souber estar com ele na bonança (quando se tornou governador). Pode ser que no primeiro momento o casamento de ambos se deu por questões políticas e culturais da época, todavia, mesmo Asenate sendo criada para se tornar sacerdotisa, ela aceitou enfrentar novos desafios e se casar com um estrangeiro que não servia os mesmos deuses que ela. Ela se pôs a reaprender tudo novamente, porque via que era o melhor.

Neste "jugo desigual" (já que ambos cultuavam deuses diferentes), vemos uma distinção: Asenate lançou fora o seu jugo e se dispôs a suportar o mesmo jugo que o seu marido, o acompanhando, apoiando e respeitando seus desígnios. Ela foi sábia, mesmo não tendo sido criada com base nos princípios de Deus. Ela conviveu, aprendeu e aceitou. Tanto que uma lenda judaica relata que, ao casar-se com José, ela renunciou ao paganismo e abraçou ao Deus de Israel. Seu nome é encontrado junto com o dele, nos achados arqueológicos do Reino Médio e do período dos hicsos (2100 - 1600 a.C.) da história do Egito.

A sabedoria vai possibilitar que amemos o outro com os seus problemas e diferenças.

Assim, como vimos na história de Asenate, nós podemos aprender algumas lições também. Através da sabedoria, muitas esposas têm visto o milagre no lar, na vida dos seus maridos e filhos. Quantas pessoas ainda irão cruzar o nosso caminho cristão com sérios e diferentes problemas comportamentais? Para todos, precisaremos da sabedoria. Não só em relação aos maridos, mas com aquele irmãozinho que ainda tem o hábito de mentir ou de furtar; com aquela irmãzinha que vai para os cultos com o vestido indecente; com aquele pastor meio impaciente; com o colega de trabalho que fala mal de nós... Enfim. São muitas situações.

A falta da sabedoria, especialmente dentro de casa, onde um dos cônjuges apresenta um desvio da conduta cristã, oprimirá mais e mais aquele que já está oprimido. Contudo, é importante que haja uma esfera de crescimento e de amadurecimento espiritual. Precisamos, assim, da compaixão e da sabedoria do outro, senão nenhum relacionamento se manterá aceso. A sabedoria vai possibilitar que amemos o outro com os seus problemas e diferenças. Não podemos ter um coração voltado para o juízo, ou apontar o dedo/atirar pedras. Devemos entregar a nossa vida ao Senhor cotidianamente, sendo humildes e perseverarmos em um caminho o qual Ele nos colocou.

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