Suzana: É dando que se recebe


Quando sentimos o amor de Deus em relação a nós, a nossa resposta natural é: "Senhor, te servirei". Está resposta acontece quando uma pessoa recebe amor incondicional, e seu desejo é retribuir à quem lhe mostrou este amor. Existe uma frase que expressa esta atitude da seguinte maneira: "É possível dar sem amar, mas é impossível amar sem dar".

Os rabinos hipócritas excluíam as mulheres de seus círculos acadêmicos, pois acreditavam que ensinar uma mulher era dar-lhe ocasião para uma vida de dissipação. No entanto, essas mulheres esquecidas, discriminadas e maltratadas encontraram em Jesus a manifestação do amor de Deus. A forma que elas encontraram para retribuir foi segui-lo e servi-lo com seus bens. Um exemplo a todos aqueles que querem também agradar a Deus.


Entre os que seguiam Jesus, encontramos um grupo singular de mulheres e dentre elas estava Suzana. A Bíblia as relata sendo curadas e depois passando a servir, inclusive colaborando com ajuda material em muitas dessas peregrinações.

De acordo com os estudos da Dra. Marislei, Suzana nasceu na cidade de Tiberíades, localizada às margens do lago de Genesaré, cinco quilômetros ao sul de Magdala, entre 6 e 4 a.C. Ela afirma que alguns textos apócrifos relatam que Suzana era uma mulher de beleza singular e de personalidade marcante. Foi herdeira de relativa fortuna depois da morte de seus pais, quando foi cuidada desde a infância por sacerdotes. Depois de algum tempo, um dos sacerdotes do templo de Jerusalém tornara-se responsável por sua proteção e por seus bens até idade adulta. Em sua juventude, Suzana despertou o amor do então soldado Otávio, que servia o império romano. Depois de ver os seus bens dilapidados, a jovem Suzana fugiu em busca de seu amado e de conforto espiritual. Arrecadou o que sobrara de sua fortuna e partiu com alguns dos seus serviçais. Nessa fuga, encontrou a caravana de Jesus e passou a seguir o Mestre juntamente com outras mulheres, quando encontrou conforto e fortalecimento espiritual.

Assim, fica evidente que as mulheres tiveram e continuam tendo papel destacado no Reino de Deus e, por conseguinte, na Igreja, e isso deve ser reconhecido e valorizado. Elas, assim como os homens, recebem dons, ou carismas, e são encorajadas a exercê-los. Diante de Deus a mulher não é de maneira alguma inferior, em inteligência ou capacitação, ao homem. Tanto é assim que inúmeras obreiras do Senhor têm deixado invejável legado. A coragem e a disposição da mulher cristã de sofrer pela causa do Reino são evidentes – inclusive, quando os homens careciam de interesse e de compromisso para se arriscarem nos lugares remotos, muitas vezes em meio a povos hostis. 

Suzana representou a vivência da caridade, ajudando, com os seus bens, na manutenção da comitiva e especialmente na ajuda humanitária para inúmeras famílias que viviam na penúria nos lugares por onde passavam.

Quando sentimos o amor de Deus sendo derramado na nossa vida, o nosso desejo natural é dar a ele alguma coisa em troca. Porém, reconhecemos que tudo o que podemos dar é pouco em relação ao que ele nos deu, entretanto devemos oferecer o melhor de nós. O que de melhor poderíamos oferecer à Deus?

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