SE DEUS É BOM, POR QUE EXISTE TANTO SOFRIMENTO?
Você já deve ter se deparado com essa questão. Afinal, sendo Deus um ser inteiramente bom e poderoso, como é possível que exista o mal? Por que existe tanto sofrimento no mundo? Como pode haver tanta miséria e injustiça?”. Deduzimos, então, ou que Deus não existe ou que não se preocupa conosco. Esquecemos que também nós somos agentes ativos na história, atribuindo a Deus coisas das quais nós somos responsáveis. Esses questionamentos revelam, de certa forma, que nossa imagem de Deus precisa ser ainda amadurecida e aprofundada.
Jamais entenderemos as desgraças enquanto não buscarmos desvendar o que se passa por trás delas. Muitas vezes cremos que o mal existente no mundo vem de Deus. Culpamos a Ele por todas as catástrofes e maldades com que nos deparamos, mas com isso cometemos um erro. Não é Deus quem introduz o mal no mundo. Quando concluiu a criação, relata-nos o livro do Gênesis que: “Deus viu que tudo era bom”. Ao criar o homem, o Criador estabeleceu que ele teria livre-arbítrio e para que esse atributo fosse respeitado resolveu não interferir em suas escolhas e ações.
Sendo assim, se eu, usando a minha liberdade, escolher o mal, podendo até fazer sofrer muitas outras pessoas, de quem seria a responsabilidade? De quem dá a liberdade ou do autor que abusa do ato livre? As consequências das más escolhas são de quem as decidiu. Isto é, coisas ruins acontecem simplesmente porque o ser humano usou mal o seu livre-arbítrio e Deus, de antemão, decidiu que não interferiria - a menos que seja chamado. Deus não queria brinquedos para manipular e controlar. Ele não criou robôs. Ele queria gente de verdade a quem pudesse amar e de quem pudesse receber amor. Queria que fossemos livres para escolher. Deus é bom e criou-nos para que sejamos bons, para que possamos alcançar a felicidade de escolher, sem coações, o caminho do amor. Deus nos fez livres, agora a escolha de viver na luz ou na escuridão é inteiramente nossa.
Isso implica também as catástrofes no meio ambiente. A bíblia nos diz que Deus criou o ser humano e o colocou no Jardim do Éden para que ele cultivasse e protegesse toda a criação. Esse “domínio” não está relacionado com um governo autoritário ou de exploração, mas de cuidado. Esta seria a tarefa que Deus deu especificamente ao homem, e não aos anjos ou a qualquer outra criatura, por isto, é uma função nossa. Infelizmente, a história nos ensina que o ser humano não exerceu domínio justo para com este mundo. O nosso planeta vive uma crescente crise ambiental em nome do progresso e ambição. Nos dias contemporâneos há de se admitir que o mundo vive os maiores colapsos de degradação, poluição atmosférica fora do controle, desmatamento de florestas, entre outros. Adão pecou e foi expulso do Jardim, mas a responsabilidade de “trabalhar” e “cuidar” da Terra continuou e continua até hoje para nós. Logo, somos os principais responsáveis por tanta devastação e calamidade.
Apesar disso, Deus ainda sim faz com que essas coisas ruins cooperem para o nosso bem. Ele usa tais situações para guiar-nos a bondade e para termos uma visão de vida em longo prazo. O sofrimento tem à sua maneira dramática de nos forçar a lidarmos com as questões mais profundas da vida. Ao sofrermos, temos a chance de crescermos mais fortes e adquirirmos maturidade. Assim, Deus nos chama para termos confiança, esperança e para aguardarmos. Além disso, o mal acabará um dia. Deus mostrou para João em Apocalipse 21 a Cidade Santa com um novo Céu e uma nova Terra. Deus irá habitar com os humanos, e não haverá mais morte, lágrima, dor, pranto, luto ou qualquer tipo de sofrimento. Tudo será transformado em um lugar perfeito e magnífico. Deus irá estabelecer um novo globo, onde só estarão aqueles que tiverem com seu nome escrito no livro da vida. Por isso, assim como a flor do açafrão que mesmo no auge do inverno anuncia a chegada da primavera, o povo de Deus é chamado a trabalhar observando os sinais, pois o futuro tão aguardado está chegando.
POR QUE DEUS CRIOU O MAL?
Alguns acreditam que Deus é um ser “equilibrado” (tanto bom como mau), todavia, tal ideia é completamente errônea. O Deus verdadeiro não é um conjunto de forças opostas. Ele é perfeitamente bom, e não contém nada de maldade. À primeira vista pode até parecer que, se Deus criou todas as coisas, então deve também ter criado o mal. Entretanto, há aqui um pressuposto que deve ser esclarecido. Não faz sentido pensar no mal como obra de Deus, pois isto é completamente contrário ao seu ser. O mal não é uma “coisa”, como uma pedra ou a eletricidade, já que você não pode ter um pote de mal. Mas o mal é algo que acontece, como o ato de correr. O mal não tem uma existência própria, mas na verdade, é a ausência do bem. Em outras palavras, num sentido ainda mais específico, podemos dizer que o mal é a ausência total de Deus, isto é, o mal é aquilo que é contrário a Deus.
Por exemplo: Segundo as leis da física, o frio não existe. O que consideramos frio é, na realidade, ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor. Assim como o frio, a escuridão tampouco existe. A escuridão é, na verdade, a ausência da luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas várias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca. E como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local. Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente.
Dessa forma, o mal não existe, ou, pelo menos, não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência do bem. O mal, como acontece com o frio e o calor, é um termo que o homem criou para descrever essa ausência do bem. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz.
Quando Adão e Eva decidiram se opor a Deus, o mal passou a ser experimental. Assim, é possível entender que o mal experimental, como uma realidade presente no mundo, surgiu das escolhas e decisões erradas de seres que foram criados por Deus originalmente bons.
Deus permitiu que os humanos escolhessem o bem ou o não-bem (mal) mas os instruiu desde o início sobre as possibilidades e suas consequências. Um pai tem a responsabilidade de ensinar ao seu filho o caminho certo e seguro, todavia, se o filho adulto depois faz o que não é correto, a responsabilidade não é do pai, porque a escolha foi do filho. Da mesma forma, Deus é bom e sempre promove o bem, mas Ele nos dá liberdade para escolhermos isso. Para que tivessem uma real escolha, Deus deveria permitir a existência de algo além do bem para escolher.
A Bíblia não diz que Deus criou o mal, mas a Bíblia diz que em breve Deus colocará fim definitivamente em todo mal. Na consumação da história da redenção, Deus renovará e purificará o universo, e fará novas todas as coisas. Então todos os efeitos do mal – isto é, do não bem – serão removidos da criação.
POR QUE DIZEM QUE TEMOS LIVRE ARBÍTRIO SE SÓ HÁ DUAS OPÇÕES: SEGUIR A DEUS E IR PARA O CÉU OU DESOBEDECER E IR PARA O INFERNO?
Por que criar a humanidade com o conhecimento da queda? Por que criar a humanidade sabendo que apenas alguns seriam "salvos"? Por que intencionalmente enviar Jesus para morrer por um povo que intencionalmente caiu em pecado? Do ponto de vista do homem, não faz sentido. Se a metanarrativa se move do paraíso, ao paraíso perdido, ao paraíso recuperado, por que não ir direto ao paraíso recuperado e evitar o período do paraíso perdido?
No livro de Gênesis, Deus fala com Adão dizendo que ele tinha uma escolha, a de não comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Comendo, ele morreria, se desconectando da sua verdadeira essência. Deus fez isso para que não fossemos robôs autômatos, mas sim seres pensantes capazes de tomar decisões reais que afetam suas vidas e as vidas de outros ao seu redor. Deus queria que o amor dos seres humanos para com Ele fosse por livre e espontânea vontade, e não algo imposto. O arbítrio se refere a mais do que apenas as escolhas simples que fazemos todos os dias, como escolher quais sapatos usar ou o que comer no almoço. Diz respeito especialmente a escolhas com consequências morais ou espirituais. Uma das escolhas mais importantes é a de decidir ter fé em Deus e segui-lo. Como consequência, podemos decidir ajudar um próximo necessitado, ser fiel a um cônjuge, mostrar compaixão pelos vulneráveis e necessitados, etc. Assim como as escolhas físicas têm consequências, nossas escolhas espirituais também. Embora possamos escolher como usar nosso arbítrio, não podemos escolher as consequências.
Mas então, será que somos verdadeiramente livres nas escolhas que fazemos, se Deus é soberano sobre todas as coisas? Se Deus manda em tudo, como é que Ele pode nos responsabilizar pelas escolhas que fazemos? A resposta do apóstolo Paulo para esse tipo de pergunta foi: “Algum de vocês me dirá: ‘Então, por que Deus ainda nos culpa? Pois quem resiste à sua vontade?’ Mas... quem é você para questionar a Deus? Acaso aquilo que é formado pode dizer ao que o formou: 'Por que me fizeste assim?'". Então afinal, Deus controla tudo? De fato, a Bíblia ensina que Deus é todo-poderoso; ninguém pode impor limites ao seu poder. No entanto, ele não usa seu poder para controlar tudo. Por exemplo, a Bíblia diz que Deus ‘exerceu autodomínio’ em propósitos específicos. De modo similar, por enquanto, ele escolhe tolerar aqueles que fazem mau uso do livre-arbítrio e prejudicam outros. Mas Deus não vai tolerar isso para sempre (Salmo 37:10,11).
COMO TER CERTEZA QUE A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS, SE FOI ESCRITA POR HOMENS?
O Deus infinito e transcendente se revela ao homem de forma pessoal e proposicional, de modo a dar-lhe um conhecimento claro e objetivo acerca de Sua natureza, obra e vontade. Isso significa que Ele decidiu se comunicar de forma especial conosco em termos humanos e inteligíveis. Para tanto, ele escolheu pessoas a fim de serem suas porta-vozes neste mundo. A Bíblia é formada por 66 livros pequenos. Esses livros foram escritos por 40 homens num período de 1.600 anos. De forma alguma os escritores se utilizaram de ideias, conceitos ou opiniões próprias. Em outras palavras, Deus usou seu Espírito Santo, uma poderosa força invisível, para transmitir sua mensagem aos escritores da Bíblia.
Pense num empresário que dita uma carta para seu secretário escrever. O autor da carta não é o secretário, mas o empresário, que dita o que deve ser escrito. Deus fez algo parecido ao inspirar a escrita da Bíblia. Alguns escritores da Bíblia ouviram a mensagem de Deus transmitida por meio de um anjo. Outros tiveram visões e, em alguns casos, sonhos. Às vezes, Deus transmitia sua mensagem palavra por palavra. Outras vezes, ele permitia que os escritores usassem suas próprias palavras para escrever a mensagem dele. Mas, em todos os casos, eles escreveram os pensamentos de Deus, não os seus próprios.
Sendo assim, se os povos antigos não sabiam qual seria o desfecho da história bíblica e não conheciam a Bíblia como nós conhecemos hoje, como eles poderiam definir quais livros fariam parte dela ou não? Esse é um questionamento de muitos. Além da inspiração e do cuidado de Deus em preservar seu conteúdo, a evidência de que a Bíblia com começo, meio e fim, é a completa Palavra de Deus, está também em outras três consequências dessa inspiração: a unidade, a inerrância e a revelação. Como diferentes homens em diferentes épocas e diferentes lugares, sem terem nenhuma conexão, poderiam escrever sobre a mesma coisa? Isso jamais seria resultado de uma longa e feliz coincidência e, certamente, estava fora do alcance dos seus autores humanos. Um exemplo dessa unidade é que, de Gênesis à Apocalipse, a Bíblia aponta um grande e mesmo problema, que separou o homem de Deus: o pecado; e, aos poucos, revela uma única e mesma solução para este problema: a redenção em Jesus Cristo. Toda e qualquer passagem bíblica deve ser analisada à luz de todo o restante da Bíblia, e nenhuma doutrina deve ser considerada verdadeiramente bíblica, até que se analise tudo o que a Bíblia inteira diz sobre ela.
POR QUE DEUS NÃO APARECE A TODO MUNDO E NOS CONVENCE DE SUA EXISTÊNCIA?
A Bíblia se refere a Deus muito mais como sendo um Ser “oculto” do que “óbvio”. Mas por que será? Não seria tudo mais fácil se Ele se revelasse claramente à humanidade, deixando por exemplo uma mensagem miraculosa com letras de ouro suspensas no céu durante 10 minutos, todo fim de tarde, dizendo: “Eu Sou Deus. Convertam-se!”? Como podemos entender um Deus que se esconde? Um Deus que é acessível e inacessível ao mesmo tempo?
A resposta é bastante lógica: Se Deus fizesse isso, perderíamos a capacidade de estar perto dele por amor. Deus não seria uma escolha livre e sim um caminho forçado a ser seguido pois o medo nos dominaria. Se Deus se mostrasse claramente aos seres humanos o livre arbítrio seria anulado pois seguiríamos a Deus por pressão e medo, não por arrependimento e querer. Sendo assim, Ele quer ser conhecido através de nosso interesse: Deus se oculta de nós para que O busquemos e tenhamos comunhão com Ele. O Seu conhecimento é diferente de todas as outras formas de conhecimento das quais o ser humano construiu ao longo do tempo, sejam elas de cunho racional, científico, vulgar ou mitológico.
Certa vez um grupo de religiosos hipócritas pediram que Jesus fizesse um sinal prodigioso para que eles então cressem, mas Ele se recusou. Qual será o motivo? Será que Jesus, que deu a vida pela humanidade, não estava interessado em salvar todos? Além disso, o relato que o próprio Jesus fez do rico impiedoso e do pobre chamado Lázaro nos ajuda a entender o porquê. Para que alguém conheça a Deus é preciso que primeiramente sinta necessidade dEle e se arrependa. Se Deus se revelasse a nós pela grandiosidade de um milagre ou pelo temor de seu poder, nós não o buscaríamos com sinceridade de coração. Jesus censurou aqueles que o seguiam apenas pelo pão que perece.
Jesus, “escondeu” coisas aos sábios e entendidos, mas as revelou aos pequenos, humildes, sensíveis e mansos de coração. É dessa forma que conhecemos a Deus. Por isso, Ele se revela, mas não da maneira como alguns exigem. A exigência de certos tipos de evidência física de Deus nos deixará esperando e talvez seja inapropriada, uma vez que diminuirá a necessidade da fé. No entanto, a Bíblia nos encoraja com a promessa de que, se buscarmos a Deus de todo nosso coração, o encontraremos, e se pedirmos fé, Ele nos dará.
Embora Deus esteja oculto (sendo Espírito, não pode ser visto fisicamente) Ele se revela na criação, na consciência, no plano de salvação e principalmente em Jesus. É possível conhecê-lo e ter inúmeras experiências sobrenaturais com Ele.
POR QUE NÓS JÁ NÃO NASCEMOS SABENDO TUDO SOBRE DEUS, TEMOS QUE DESCOBRIR QUAL É A RELIGIÃO CERTA E AINDA DECIFRAR SEUS ENIGMAS?
Para muitos, Deus é uma incógnita: um problema a ser resolvido e esclarecido, desvendado. A verdade é que Ele não é um “enigma” (difícil ou impossível de ser descoberto), mas sim um “mistério”.
Comumente, a palavra mistério está associada à compreensão de um enigma. Considera-se o enigma como o que está oculto. O mistério, ao contrário, é aquilo que se revela e é para ser experimentado: um convite ao mergulho, sempre ilimitado, no infinito que pode nos trazer sentido. A compreensão desse mistério, que ultrapassa a questão racional-intelectual, é a possibilidade de nos humanizarmos com sentido. Essa compreensão como experiência de sentido é o que podemos chamar de espiritualidade. E, aqui, a ambiguidade da palavra revelação é de grande valia: é tirar o véu e, ao mesmo, re-velar (velar de novo). É próprio do mistério o mostrar-se e o esconder-se. Compreender Deus como mistério é compreendê-lo como um Ser que não se esgota, que transcende nossa imanência e nossa realidade vista de modo parcial, limitado e contingente. Essa compreensão de Deus como mistério nos abre à possibilidade de nos compreendermos a nós mesmos. Somos, igualmente, mistério: inesgotáveis, sempre na possibilidade e na iminência de nos conhecermos sempre mais, de modo cada vez mais profundo e transformador. Esse é, também, um caminho espiritual, pois mergulhando no profundo de nós mesmos, encontramos o mistério de Deus que em nós ecoa, e nos transformamos em pessoas mais humanizadas.
COMO PODE UM DEUS DE INFINITO AMOR E MISERICÓRDIA ASSISTIR A BILHÕES DE PESSOAS QUEIMAR POR TODA A ETERNIDADE?
Em primeiro lugar, Deus não faz com que alguém vá para o inferno. Em vez disso, o ser humano escolhe ir para lá por conta própria. Para entendermos um pouco essa questão, vejamos tal analogia: Dentro de um Judiciário a prisão é muitas vezes referida como um último recurso. Isso é por causa do impacto negativo surpreendente que tem sobre todos os aspectos de uma vida humana. Geralmente é assim que quanto mais tempo um criminoso reside na prisão, menos provável é que a pessoa pode ser capaz de se reabilitar. Às vezes é a última alternativa. Além de ser uma punição, a prisão, em alguns casos, é a única forma de garantir que a pessoa nunca irá cometer crime novamente. Além disso, o pensamento de uma vida atrás das grades é a forma que freia alguns na sociedade de cometer homicídio ou outros crimes. Sendo assim, as escrituras retratam o inferno como o último recurso de Deus.
Você acha que a punição é muito pesada, que um Deus que iria julgar alguém para o inferno é muito duro e não poderia ser amoroso? Então você não vê o pecado tão mal como ele realmente é. Deus não pode permitir que qualquer coisa impura entre em seu reino. Se o pecado fosse admitido no céu, a maldição que está sobre a terra também entraria e Deus não irá permitir que isso aconteça. Deus não se alegra com a destruição de um pecador porque Ele ama cada pessoa, mas as consequências do pecado são frutos da justiça. Deus, como Juiz do Universo, não pode meramente fazer vistas grossas.
Mas apesar de tudo isso, mesmo sendo o Justo, Ele também é o nosso Pai e fez o que era necessário para nos resgatar da penalidade. Ou pelo menos nos deu a chance de escolher por isso. Ele não quer, jamais, que alguém seja lançado no inferno. Deus tem um amor intenso para cada um que colocou na terra, e essa é a razão do evangelho ser tão urgente. O Senhor dá às pessoas muitas chances de se arrepender e receber o perdão, estendendo a mão de inúmeras maneiras e incentiva-os a ir para o bom caminho. Ele enviou Seu único Filho à Terra para nos mostrar tudo o que poderíamos ter para sermos salvos. No entanto, Ele nunca força alguém a arrepender-se. O amor e o respeito que Ele tem para o nosso livre arbítrio o impede de fazê-lo. Cada um deve tomar sua própria decisão.
POR QUE UM DEUS TODO-PODEROSO TEVE QUE SE TORNAR CARNE PARA PODER SE SACRIFICAR EM SEU PRÓPRIO NOME, DE MODO A LIVRAR SUA CRIAÇÃO DE SUA PRÓPRIA IRA?
Quando Satanás com suas artimanhas conseguiu enganar Eva e, por sua vez, Adão à desobediência, o pecado entrou em nossa natureza. Este pecado ficou como um véu, separando-os da fonte da vida. Espiritualmente falando, nós estávamos mortos em nossos delitos. Deus odiava esse estado terrível das coisas. Seu anseio era ter comunhão com as pessoas e salvá-las, ou pelo menos dar essa segunda chance (ainda que muitos não viessem a aceitar essa salvação). Ele procurou por alguém que pudesse tirar as pessoas do círculo vicioso do pecado que estava acabando com a terra, e como ninguém aqui era suficientemente capaz, Ele enviou o Seu filho não apenas parar nos resgatar, mas também para nos ensinar, na prática, como se viver. O Verbo (aquele que era conhecido ao longo do tempo apenas por escrituras e histórias oralmente contadas) apresentou-se para assumir a nossa natureza e nos salvar, pois, Ele sendo Deus poderia, como homem, oferecer a Deus um sacrifício a altura do nosso erros.
Diante disso, não devemos olhar Deus como um carrasco a exigir a morte do Filho amado. Deus é Pai, mas não é paternalista, como um pai que não faz conta dos erros dos seus filhos, burlando a correção. A justiça perfeita de Deus exige que o mal seja reparado, da mesma forma que nós fazemos com os que cometem crimes. De um modo misterioso para nós, o sacrifício de Jesus satisfez a justiça do Juiz do Universo, porque por meio dele o plano original para a humanidade foi restaurado. Alguém pagou o preço das nossas faltas, e agora podemos nos apresentar diante do Eterno reconciliados.
POR QUE FOI NECESSÁRIO QUE JESUS MORRESSE EM SACRIFÍCIO DE CRUZ COM SANGUE?
A realidade do sangue de Cristo como meio de expiação do pecado tem a sua origem na Lei Mosaica. Antes de expulsar Adão e Eva do Éden, Deus lhes deu vestimentas mais duráveis, adequadas para o trabalho físico que lhes esperavam e como proteção também contra as mudanças de temperatura do ambiente que encontrariam fora do jardim. Para que fosse feita vestimenta de peles, algum animal teria que morrer a fim de que sua pele fosse retirada. Aqui já temos a primeira tipologia de sacrifício: a morte vicária, ou substitutiva. Aquele animal do qual foi retirada a pele morreu em lugar de Adão e Eva. Com aquela morte, Deus pretendia que Adão, ao observar o sangue derramado daquele animal sem culpa, se arrependesse e percebesse quem de fato deveria estar ali. O animal não merecia morrer e Adão junto com Eva não mereciam ser expiados (expiação tem esse significado "cobrir").
Depois disso, a provisão divina de vestes para os culpados se tornou um ato simbólico. Criou-se a tradição de uma vez por ano, um sacerdote fazer oferenda de sangue de animais no altar do templo pelos pecados do povo. Entretanto, esta era uma oferta de sangue limitada em sua eficácia, por isso tinha que ser oferecida repetidamente. Foi então que Deus tratou em resolver esse problema “de uma vez por todas”. Deus pagou um resgate para salvar-nos da vida vazia que herdamos desde o início do pecado na criação. Esse resgate não era achado em valor terrestre, mas sim celestial: O precioso sangue do Seu próprio filho.
A Bíblia considera o sangue como o símbolo e fonte da vida: “Porque a vida de toda criatura é o seu sangue; seu sangue é a sua vida...”. É o sangue que dá continuidade a todos os processos da vida, no corpo. Se o suprimento de sangue for cortado de um braço, este imediatamente começará a morrer e apodrecer. Por causa de sua relação com a vida, o sangue significa uma suprema dádiva a Deus. Jesus derramou o seu sangue por nós, ou seja, fez uma “transfusão” para dar-nos vida - vida plena, abundante e eterna. O sangue de Cristo tem o poder de expiar por um número infinito de pecados cometidos por um número infinito de pessoas ao longo dos tempos, e todos cuja fé repousa. Embora o sangue de touros e cabras tenha sido um "lembrete" do pecado, o precioso sangue de Cristo, tido como o perfeito cordeiro sem mancha ou defeito, pagou por completo a dívida que devíamos a Deus pelos nossos pecados, e não precisamos de nenhum outro sacrifício mais.
POR QUE FUGIR DO PECADO SE TODOS PECAM?
Não gostamos muito da palavra “pecado” porque ela nos fere, mas, primeiramente, ela feriu o coração de Deus. O pecado é o elemento espiritual mais nocivo a existência humana. Ele é uma espécie de buraco negro que nos puxa para longe de Deus, através da satisfação em nossa essência caída, distorcida do seu princípio original. Por causa do pecado, toda criação ficou amaldiçoada. A terra perdeu sua perfeição e se tornou um lugar difícil de viver. Surgiu o sofrimento, a dor e o conflito entre pessoas. A vida ganhou muitas dificuldades.
De acordo com Jesus, quem vive pecando é escravo do pecado e não tem lugar na família de Deus, não importa qual seja a sua origem. Um verdadeiro e bom filho deseja obedecer, porque ele sabe que o seu pai, por mais que o desaponte de coisas aparentemente legais e inofensivas, quer o seu bem protegendo-o de um caminho perigoso e mal. As consequências principais do pecado são a morte (seja física ou espiritual) e a separação da presença de Deus. Essas duas consequências causam muito sofrimento na vida de alguém.
A recomendação para o cristão se abster e fugir da aparência do mal não é uma visão utópica ou impossível, muito pelo contrário. Embora o pecado ainda seja uma possibilidade real, ele não é mais o padrão da vida do cristão genuíno, mas somente um acidente de percurso. Fugir da aparência do mal implica na ordenança de “evitar, recusar, não aceitar a maldade”. O sentido da frase tem mais a ver com a ideia de “privar-se” ou “impedir-se” do que com a ideia de “distância”, no sentido de “manter-se longe” – embora aquele que se abstêm do mal obviamente procura se manter distante dele no sentido prático e experiencial.
POR QUE PRECISO DE UMA IGREJA PARA SER CRISTÃO?
Se nós realmente queremos progredir, precisamos uns dos outros. É como se todos fossem membros de um único corpo onde cada componente tem uma função única e específica. Nunca uma regra, e sim uma necessidade. Lá encontramos encorajamento com outras pessoas que partilham da mesma fé que nós, exercitando assim a comunhão conjunta. Não é exatamente um lugar para pessoas perfeitas, mas sim um hospital para pessoas doentes espiritualmente.
POR QUE ALGUMAS IGREJAS SEGUEM DOUTRINAS DIFERENTES DE OUTRAS SE A BÍBLIA É UMA SÓ?
Existem muitas razões que contribuíram para haver tantas igrejas diferentes. A grande variedade de igrejas e denominações é muito complexa. O que precisamos ter em mente é que não existe nenhuma denominação perfeita, mas existem várias que seguem os princípios fundamentais da Bíblia. Sendo assim, o pilar para identificar e distinguir são as doutrinas básicas e as doutrinas secundárias. A doutrina básica (que deve ser comum com todas às igrejas) é a declaração das crenças mais fundamentais do cristão, ou seja, as crenças sobre a natureza de Deus; sobre sua ação; sobre nós – que somos suas criaturas; e sobre o que Deus fez para nos trazer à comunhão com Ele. Já as doutrinas secundárias são aquelas que causam pouco impacto sobre as doutrinas básicas, e tem pouca influência sobre o modo como vivemos a vida cristã. Normalmente no campo das doutrinas secundárias é comum que existam divergências interpretativas entre os cristãos. Essas divergências são toleradas porque não ameaçam os princípios básicos da fé cristã, como é o caso de comer crustáceos, fazer tatuagem, usar maquiagem, etc.
Existe hoje uma infinidade de denominações. Existem igrejas históricas, reformadas, pentecostais clássicas, neopentecostais, comunidades locais, dentre outras classificações. Existem diferentes nomes e sobrenomes: livre, independente, conservadora, regular, avivada, da promessa, renovada e por aí vai. Há motivos legítimos pelos quais um grupo se organiza e justifica a razão de sua existência. O próprio Deus na sua multiforme, graça e sabedoria, usa as diferentes personalidades grupais com suas características distintas para alcançar diferentes grupos e dar diferentes ênfases para suprir diferentes necessidades. Porém esses grupos têm em comum uma coluna da verdade fundamental em torno da qual todos orbitam. Algumas estão mais perto e outras mais longe dessa coluna. Existem igrejas que nascem por motivos fortemente ideológicos e por compreensões doutrinárias, teológicas, litúrgicas, administrativas e de usos e costumes peculiares, porém, infelizmente, temos de admitir que existem muitas outras que surgem e se organizam por motivos ilegítimos, questões pessoais, líderes com pequenas discordâncias sobre questões irrelevantes e suficientes para uma divisão e fundação de suas próprias “igrejas”. Enfim. A verdade é que instituição eclesiástica nenhuma é perfeita, mas é necessária ser saudável e unida a fim de proteger pessoas de caírem em muitos erros, além de proporcionar caminhada segura, estruturada e perseverante.
POR QUE PRECISAMOS ORAR SE DEUS JÁ SABE DE TUDO O QUE VAMOS DIZER E DO QUE PRECISAMOS?
Quando dizemos que Deus sabe exatamente do nosso presente, passado e futuro, o dizemos amparados pelas características que justamente fazem de Deus, um Deus: sua onisciência, sua onipresença e sua onipotência. Todas elas dizem respeito ao fato de Deus não estar preso ao nosso espaço/tempo (por ser puro espírito criador e não ter fim e nem começo). A oração é a única maneira que podemos manter um relacionamento com Deus. Oramos nem tanto para mudar a mente de Deus, mas para recebê-la. Ao fazermos nossas orações e ao escutarmos a Deus, Ele pode e deseja transmitir-nos seu pensamento.
COMO DEUS JULGA OS QUE VIVERAM ANTES DE A BÍBLIA SER ESCRITA?
Uma vez que entendemos que ninguém pode ser salvo sem Jesus, como fica a situação das pessoas que viviam antes da encarnação dele? Será que milhões de pessoas foram condenadas, sem chance para serem salvas, somente porque nasceram na hora errada? Antes de explicarmos essa questão, é importante que fique claro que a Bíblia diz que a salvação é uma iniciativa de Deus e não do ser humano. A salvação provém da graça de Deus aplicada a nós e não de qualquer mérito que possamos ter. Enquanto Deus, sendo justo, podendo rejeitar todos por causa do pecado, assim não o fez. Antes de enviar o Filho ao mundo, para nos ensinar como viver, Ele revelou sua preocupação.
Quando Deus separou os descendentes de Abrão para serem um povo especial, lembrou de todas as nações e prometeu bênçãos para todas as famílias da terra. Aos judeus, ele enviou libertadores, juízes, reis e profetas para revelar e aplicar a sua palavra. Um desses profetas disse: "Eis que a mão do Senhor não está encolhida para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir". Tal compaixão não se restringiu aos judeus. Deus sentiu a mesma vontade de salvar os gentios (veja, por exemplo, Jonas 4:11). Assim, olhando para a Bíblia, fica evidente que Deus deu ao ser humano uma revelação progressiva de Sua obra e vontade. Hoje sabemos muito mais dos planos de Deus que no tempo de Abraão, claro. No entanto, esse fato não faz as pessoas do tempo antes de Cristo serem menos desprovidas da salvação de Deus. Esse fato não indica que houve acepção por parte de Deus. No tempo de Abraão, havia pouca coisa revelada a respeito de Deus e de Sua obra, mesmo assim, ele foi alcançado através da sua fé. Ele creu naquilo que lhe foi revelado a respeito de Deus naquele momento e foi justificado pelo Senhor. “Abraão creu no Senhor e isso lhe foi imputado para justiça.” Isso aconteceu também com muitas outras pessoas. Outro exemplo bastante interessante é o dos ninivitas. Uma nação pagã que foi alcançada por Deus. O Senhor escolheu o profeta Jonas como instrumento para levar a palavra de salvação àquele povo. Jonas relutou em obedecer a Deus, mas mais tarde entendeu e cumpriu sua missão. O resultado? “Os ninivitas creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até o menor.” (Jonas 3:5). O arrependimento e mudança de atitudes desse povo evidencia a ação salvadora de Deus em suas vidas. Assim, a forma de salvação antes de Jesus Cristo é a mesma de depois de Jesus Cristo: A graça de Deus operada na vida do pecador, levando-o a, através da fé dada por Deus, responder ao chamado Dele. Observe qual era a pregação de João Batista antes da morte de Jesus na cruz: “Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”. Agora observe a pregação de Pedro após Jesus já ter morrido e cumprido a Sua missão: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados”. É a mesma mensagem. Dito isto, agora falta apenas dizer que Jesus Cristo foi entregue por cada eleito antes mesmo de Seu nascimento. Ele justificou cada pecador que teve fé, tanto os que nasceram antes Dele, como os que nasceram depois.
POR QUE DEUS ABRIU O MAR VERMELHO PARA QUE MOISÉS TIRASSE OS JUDEUS DO EGITO MAS NÃO ABRIU OS PORTÕES DOS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO?
Pessoas de muita fé já questionaram o porquê Deus permite a maldade. Até mesmo o profeta Habacuque perguntou a Deus: “Por que me fazes ver tanta maldade? Por que toleras a injustiça? Estou cercado de destruição e violência; há brigas e lutas por toda parte.” Mas, em vez de repreender Habacuque, Deus fez com que suas perguntas fossem respondidas e registradas na Bíblia para que todos pudessem ler.
Deus odeia a maldade e o sofrimento causado por ela. Embora nunca cause o sofrimento, Ele às vezes permite que ele exista por um tempo, principalmente para um propósito maior. Além disso, se pararmos para analisar bem, na verdade, os campos de concentração foram sim abertos. Os alemães foram condenados para sempre pelo que fizeram aos judeus, os judeus puderam finalmente criar o estado desejado há milhares de anos e nunca um fato histórico foi tão recordado como este.
Toda a humanidade lembra desse período e chega à conclusão que nada pode ser tão mal. O holocausto nos mostrou o limite que o ser humano que sem moralidade pode cometer as maiores atrocidades. Por muito mal que tenha sido, de alguma forma, fez com que o povo judeu se tornasse mais unido em termos indiretos, e também levou a um maior foco e preocupação nas minorias, sobretudo a judaica. Deus não se alegra com desgraças, mas faz com que elas se convertam para o bem.
SE JESUS NÃO ERA FILHO BIOLÓGICO DE JOSÉ, PORQUE SUA ÁRVORE GENEALÓGICA NOS EVANGELHOS É TRAÇADA ATÉ ELE?
Tanto Maria quanto José eram descendentes de Davi. As profecias do Antigo Testamento afirmavam que o Messias nasceria de uma mulher, da descendência de Abraão, pela Tribo de Judá e da família de Davi. No entanto, o fato de Jesus ser adotado por José não o desconsidera como filho, sendo tão legítimo quanto se fosse biológico. Assim, não existe qualquer registro na bíblia mostrando que o fato de Jesus não ser filho da semente de José tenha causado desgaste na relação dos dois durante suas vidas, pelo contrário. José sentia-se feliz por criar o filho de Deus. Com isso, Deus muito nos ensina sobre adoção acima de tudo com a própria vida de Jesus. Os laços de afeto e de solidariedade derivam da convivência familiar, não apenas do sangue. A adoção é um ato de amor e bondade que se faz por alguém, e isso de uma forma totalmente desinteressada a favor daquele que está sendo adotado. Quando entregamos nossos corações a Cristo e acreditamos/confiamos nEle para nossa salvação, Deus diz que nos tornamos parte de Sua família – não através do processo natural de concepção humana, mas através de adoção: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai!”.
PARA QUE SER LIVRE DO MUNDO, MAS SER ESCRAVO DE UMA IGREJA?
Todos são escravos no sentido espiritual, desde a queda de Adão. Somos escravos do pecado, que é o nosso estado natural. No entanto, Jesus nos ensinou que liberdade é a capacidade para escolher não pecar. Não é fazer tudo o que queremos, mas fazer aquilo que é preciso para tornar as nossas relações mais harmoniosas.
Veja: Um homem fumante chegou para outro homem cristão e se vangloriou de “ser livre” por poder fumar. Mas logo o cristão indagou: “Se eu quiser fumar agora, eu posso. Mas e se você quiser parar de fumar, você pode?”. Com essa alusão, podemos compreender um pouco melhor acerca da nossa verdadeira autonomia. Jesus nos chama e oferece uma liberdade verídica, não a falsa liberdade que o mal propaga. A liberdade real vem acompanhada de deveres e responsabilidades; já a ideia de que liberdade é fazer o que se “dá na telha” como é comum se ouvir, não é liberdade, mas anarquismo. Temos a chance de cometer crimes, mas uma pessoa que usa da liberdade consciente sabe que isso não é certo. Ser livre é ter o entendimento que precisamos e que podemos nos libertar de todas as nossas mazelas, tudo o que nos impede de viver relacionamentos profundos e cumprir o propósito de Deus. A sujeição ao pecado nos prende e destrói, mas a sujeição a Deus nos dá uma vida melhor e mais completa.
A Bíblia também avisa sobre outra forma de escravidão: muitas regras e restrições. Jesus nos liberta para podermos desfrutar do que é bom no mundo sem pecar. O objetivo não é nos escravizar com um monte de regras sobre o que não podemos fazer. Esforço, dedicação, moral, comportamento, normas, leis, qualidades, etc., não são contados como meio para alcançar a liberdade. Mas então... Qual a importância da igreja nisso tudo?
Um cristão sem igreja é como uma criança sem família, um soldado sem exército, um jogador sem equipe, uma brasa sem braseiro, um estudante sem escola, um marinheiro sem navio, uma ovelha sem rebanho. Nós não temos de pertencer a uma igreja para sermos salvos, mas se formos salvos passamos a pertencer à igreja. Quando alguém se torna um cristão, ele não se une a uma igreja local porque seja um hábito convencionado pela sociedade, mas porque contribui para a maturidade espiritual. Ele se une a uma igreja local porque isso é a expressão daquilo em que Cristo o tornou: um membro de seu corpo. Estar unido a Cristo implica estar unido a outros irmãos.
POR QUE EU PRECISARIA DE UM DEUS?
Sabe aquele vazio existencial que aperta a alma? Todos em algum momento já passaram ou irão passar por esse momento. Sem nem mesmo sabermos, a maior necessidade da nossa vida é estar perto de Deus. E é quando vivemos na luz que finalmente percebemos a sujeira do pecado. Quando experimentamos a alegria do conhecimento de Cristo, vemos que os prazeres fora dEle são considerados como lixo. Quando contemplamos a face do Pai é que conhecemos a doçura do Seu amor e a alegria indizível de ser santo como Ele é santo. Existe uma frase que diz: “Deus se torna tudo que você precisa, quando você descobre que Ele é tudo que você tem.” Precisamos de Deus. Precisamos da paz de Deus, a que excede todo entendimento. Precisamos de Sua sabedoria para nos guiar em caminhos seguros. Precisamos de Seu amor para nos tornarmos completos. Precisamos de Sua Graça para nos achegarmos a Ele em oração. Precisamos de Sua misericórdia para continuarmos de pé diante das dificuldades. Precisamos de Suas intervenção para sermos libertos de vícios destrutivos. Precisamos do poder capacitador do Espírito Santo para vivermos. Precisamos de Deus, pois Ele nos proporciona benefícios maravilhosos de tê-Lo como próprio Salvador de nossas almas perdidas.
Existem algumas pessoas que dedicam a vida em obterem aprovação dos outros, gerando ansiedade e frustração, pois nunca conseguiremos agradar a todos. Outras vivem do anseio pelo dinheiro, querendo sempre obter mais e mais, o que acarreta um ciclo vicioso. E ainda, há aquelas que estão em busca da eterna juventude, estão cegas pelo padrão inatingível de beleza imposto pela mídia. A beleza é enganosa e passageira, tudo é vaidade. Nada é capaz de nos suprir como Deus.
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