Sifrá e Puá: Na corda bamba


Alguns cristãos passam por dilemas quando trabalham com pessoas que querem superfaturar notas de compras a mando do patrão... secretárias tendo que mentir para livrar seus patrões, e muitas outras situações semelhantes. Mas... O que fazer em momentos como esses? Obedecemos aos homens ou tememos ao Senhor? Sifrá e Puá eram parteiras e viveram um grande dilema também: obedecer a Deus ou Faraó.


Essa história está narrada em Êxodo 1.15-22. O contexto histórico nos relata que Faraó ordenou as parteiras hebréias examinarem os bebês: se fossem meninos, deveriam matá-los, mas se fossem meninas, que as deixassem viver. Imagina a pressão sobre essas mulheres naquele momento? Elas estavam sob dúvida e tensão. O rei do Egito era a maior autoridade e por certo elas "deveriam obedecê-lo". Acredito que para algumas pessoas em situação semelhantes aproveitariam a oportunidade para ganhar pontos com Faraó. Entretanto, temendo mais a Deus do que aos homens, elas se recusaram a obedecer essa ordem assassina. 

Essas mulheres arriscaram suas vidas mas não hesitaram quando confrontadas com a escolha entre servir a Deus e obedecer às ordens pecaminosas do homem.

Quando o Faraó percebeu então que elas não estavam matando os meninos recém-nascidos, mandou rapidamente chamá-las. Porém, elas usaram da sabedoria e tiveram uma resposta na ponta da língua: Sifrá e Puá argumentaram a sobrevivência das crianças contando que as mulheres hebréias eram muito fortes e tinham os filhos antes da chegada delas. 

A fidelidade e tamanha ousadia de Sifrá e Puá a Deus surpreendem e ao mesmo tempo causam constrangimento. Talvez, no lugar delas, como já foi dito aqui, muitos teriam medo e fariam a vontade cruel de Faraó.

Muitos sabem estar errados mas continuam insistindo no erro: agradam aos homens mas não agradam a Deus, mesmo nas pequenas coisas do dia-a-dia. Talvez você esteja vivendo esse conflito entre fazer a vontade de Deus ou a dos homens, não é? Saiba que a fidelidade ao Senhor deve vir em primeiro lugar, porque a recompensa dEle é muito maior.

Ter temor a Deus não é ter medo dEle, se não antes de tudo respeitar a vontade que Ele tem, renunciando nossa vontade e aceitando a dEle, que de acordo com a bíblia em Rm.12:2 "é boa, perfeita e agradável". Elas arriscaram a própria vida para fazer a vontade de Deus. Devemos seguir esse exemplo, pois muitos nos dias de hoje buscam a Deus não para que Sua vontade seja feita, mas pela satisfação da vontade do próprio ego.

É muito fácil estar com Deus quando tudo está bem, mas será que nas aflições também é fácil estar ao Seu lado? Nas decisões que muitas vezes Ele não aprovaria? É justamente nessas horas que Deus sonda os nossos corações, analisando se pode ou não contar com a nossa fidelidade e obediência, se ganhamos ou não a confiança dEle. 

As vezes nos encontramos num beco sem saída porque temos uma visão limitada, mas Deus enxerga longe, e Ele muitas vezes sussurra em nossos ouvidos o caminho que devemos seguir, apesar de quase sempre ignorarmos a Sua voz, querendo sempre fazer do nosso jeito (do jeito que muitas vezes não dá certo).

Deus espera que sejamos fiéis a Ele. Que por amor a outras pessoas deixemos os nossos medos de lado, nossas vontades e falemos de quem é Jesus e de sua salvação, sem levar em consideração os apontamentos e preconceitos de uma sociedade. Devemos ser corajosos para levar o amor e a vida, e não complacentes com a guerra e a morte.

Até que ponto você está preparado para não negar o nome de Jesus? Você seria capaz de desobedecer a uma ordem de alguém superior para não desobedecer a Deus? Que sejamos como as parteiras hebréias: confiantes, tementes e decisivas, porque somos escolhidas pelo Senhor.

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