Júnia: O que vale é a intenção


Servir na igreja é estar acima de tudo comprometida com o Reino de Deus em todos os momentos da vida, em todos os lugares, em todas as situações. E ser testemunha vivo do amor de Deus é irradiar amor. O bom cristão e discípulo é aquele que está cheio do amor de Deus e sempre tem algo a oferecer, ainda que apenas um sorriso ou ouvidos para ouvir o outro. 


Júnia foi uma mulher de grande destaque na história da igreja. 

De acordo com a visão mais aceita entre as informações de Paulo, Júnia era uma apóstola, alguém notável (relevância) entre os apóstolos, uma companheira de prisão. Era judia e provavelmente esposa ou irmã de Andrônico. Paulo também dirá que ela estava em Cristo antes dele. Esse detalhamento tão meticuloso mostra que era uma figura importante e certamente influente. 

A frase "os quais se assinalam entre os apóstolos" fez com que muitos concluíssem que ela seria a única mulher mencionada entre os apóstolos no Novo Testamento. Tanto seu gênero (sexo) quanto seu apostolado são objetos de considerável debate. Compreensivelmente, este versículo recebeu e continua recebendo uma atenção especial na literatura acadêmica. Contudo, que Júnia era uma mulher é algo raramente contestado hoje em dia entre os teólogos cristãos. E sendo apóstola ou não, é fato que ela foi de grande destaque na obra de Deus. 

As mulheres têm um lugar no ministério? Existe base bíblica para uma mulher estar em qualquer posição de autoridade na igreja? O que a Bíblia realmente diz sobre esta questão? Para compreender as intenções de Deus, devemos voltar para o início da criação e ver seu propósito original para homem e mulher. 

A Bíblia declara que as mulheres, tal como os homens, são imagem de Deus (Gn 1:27). Isto é, elas estão em igualdade com os homens por natureza. Não há nenhuma diferença essencial – tanto o macho como a fêmea são igualmente seres humanos por criação. O homem e a mulher são iguais por redenção. Ambos têm o mesmo Senhor e partilham exatamente da mesma salvação. Deus deu dons, abençoou e usou muito outras mulheres no ministério, inclusive já falamos sobre algumas delas aqui: Miriã, a primeira ministra de música; Débora, juíza de Israel; Hulda e Ana como profetizas; Priscila, uma professora da bíblia; e Phoebe, como diaconisa. 

Assim sendo, é justo dizer que vemos claramente nas Escrituras e na história da igreja, as mulheres sendo capazes de cumprir todas as posições dos chamados ministeriais. A verdade é que Deus quer usar qualquer pessoa que se renda ao Seu Espírito, independentemente do sexo da pessoa ou das suas capacidades. 

Deus deu às mulheres uma gloriosa função, tanto pela ordem de criação como pela redenção. Igrejas saudáveis necessitam incentivar as mulheres a serem ainda mais excelentes do que já são naquilo que já estão fazendo segundo as Escrituras. Deus se manifestou naqueles que são feitos à sua imagem. Alguns atributos são mais pronunciados nos homens, outros nas mulheres; logo, se a igreja identificar, potencializar e celebrar isso, nossas igrejas serão mais saudáveis, porque a imagem de Deus brilhará mais forte através de todos os seus filhos e filhas. 

Paulo menciona em sua recomendação de Andrônico e Júnia que eles compartilharam a prisão com ele. Júnia deve ter estado envolvida ou pelo menos percebida como tendo participado dessas atividades a tal ponto que ela foi presa junto com os homens. Isso significa que ela foi uma líder de ministério na “linha de frente”, sendo tratada pelo Estado como uma ameaça suficiente para merecer a prisão. Paulo faz questão de mencionar isso para elogiar o risco que eles tiveram no ministério, na coragem e na resiliência. 

Júnia se destaca com base em suas obras e ações virtuosas, e quão grande deve ter sido a sabedoria dela por ser considerada digna de notoriedade nas Escrituras. Deus também nos deu talentos e dons especiais para apoiar em nossa congregação local, ajudar na comunidade e servir os filhos de Deus em todos os lugares. 

Alguns dos serviços mais importantes que você prestará serão informais, atos simples de bondade e amor às pessoas, sem que lhe seja pedido ou que você seja designada a fazer. 

Portanto, você pode ajudar outros a sentirem o amor de Deus e a alcançarem seu potencial ao compartilhar seu tempo, seus talentos e seus recursos para ajudar a atender suas necessidades. Parte de seu crescimento e aprendizado pessoal virá à medida que servir na Igreja e ajudar outros a aprenderem e a crescerem também, assim como Júnia fez em sua época.

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